"As jovens, numa atitude de deliberada provocação (que, na opinião de algumas células mais conservadoras e mais moralistas da sociedade, em muito se assemelhava a um convite velado à licenciosidade sexual), encurtavam o tamanho das saias, penteavam-se de forma ousada, envergavam meias de seda no dia-a-dia e apresentavam-se em público com o rosto coberto de cosméticos.
Na rua e na escola, no carro, no bar ou no cinema, rapazes e moças falavam abertamente sobre sexo, chegando mesmo a trocar gracejos com conotações sexuais.
A música e a dança convidavam à expressão da sensualidade e à busca de um prazer hedonista. Quer se tratasse de direito ao consumo de álcool, quer à sensualidade, emancipação era a palavra de ordem.
A procura de novas sensações proporcionadas pelo álcool, pelo sexo e pela droga, bem como o dispêndio de dinheiro em bens efêmeros e superficiais, faziam parte de um propósito de evasão que resultava em parte do desencanto que a experiência negativa desencadeara: a juventude estava desmoralizada: à luz do que tinham vivido, a fé e a moral que lhes haviam sido incutidas lhe eram fraudulentas.
Os alegados dignatários dos valores espirituais alertavam as mulheres para os perigos: sucumbir ao impulso, trilhar caminhos dos quais não havia retorno possível, precipitar-se no abismo da promiscuidade sexual.
A tudo isso, os conservadores e moralistas reagiam com inocultável indignação. O jornal condenava veementemente a dança, chegando até mesmo a apelar para a proibição da “pecaminosa” dança."
A música e a dança convidavam à expressão da sensualidade e à busca de um prazer hedonista. Quer se tratasse de direito ao consumo de álcool, quer à sensualidade, emancipação era a palavra de ordem.
A procura de novas sensações proporcionadas pelo álcool, pelo sexo e pela droga, bem como o dispêndio de dinheiro em bens efêmeros e superficiais, faziam parte de um propósito de evasão que resultava em parte do desencanto que a experiência negativa desencadeara: a juventude estava desmoralizada: à luz do que tinham vivido, a fé e a moral que lhes haviam sido incutidas lhe eram fraudulentas.
Os alegados dignatários dos valores espirituais alertavam as mulheres para os perigos: sucumbir ao impulso, trilhar caminhos dos quais não havia retorno possível, precipitar-se no abismo da promiscuidade sexual.
A tudo isso, os conservadores e moralistas reagiam com inocultável indignação. O jornal condenava veementemente a dança, chegando até mesmo a apelar para a proibição da “pecaminosa” dança."
Era o pós-guerra, década de 20 e o funk da época era...JAZZ!
Fontes:
http://odia.ig.com.br/diversao/televisao/2013-05-14/salve-jorge-lurdinha-leva-aisha-ao-baile-para-dancar-funk.html
Adaptado de LOPES, A.M.M.C., Os jovens na “era do Jazz” ou “Os Belos e Os Malditos”
http://www.ipv.pt/millenium/millenium28/16.pdf
Adaptado de LOPES, A.M.M.C., Os jovens na “era do Jazz” ou “Os Belos e Os Malditos”
http://www.ipv.pt/millenium/millenium28/16.pdf
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