sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CIDADANIA: O DIREITO DE COBRAR



Quando pessoas assumem cargos públicos estão sujeitas a "sol, chuvas e trovoadas". Natural. Estão ali para prestar serviços ao povo. São “servidores” públicos pagos pelo povo para isso.  E o povo exige e quer ver o “serviço” prestado.

Por outro lado, quando cidadãos e imprensa começam a denunciar e cobrar os servidores públicos, estejam eles em qual função estiverem, eles reagem mal e sentem-se perseguidos pessoalmente, quando, na realidade, a “perseguição(!?)” é profissional, é inerente à função exercida, não à pessoa. É preciso saber separar isso.

A fiscalização é um direito do qual os contribuintes não podem abrir mão. Pelo contrário, devem intensificar as cobranças e torná-las rotineiras sempre que verificarem mal atendimento nos serviços públicos, ruas sujas e esburacadas, falta de iluminação, praças mal cuidadas, escolas destruídas, falta de segurança, enfim, tudo que representa desconforto ou perigo para a população.

É óbvio que o ideal seria que os cidadãos nem precisassem reclamar. Entretanto, em vez de se queixar da cobrança – e achar isso ruim – os órgãos públicos, os políticos, os servidores públicos, deveriam agir preventivamente, promovendo os serviços necessários e fiscalizando a execução dos trabalhos. É inadmissível ficar dando desculpas esfarrapadas e ficar no jogo do empurra quando uma irregularidade é constatada. O povo não quer saber disso. Ele quer a resolução dos problemas, e logo!

Cabe dizer, também, que o povo precisa compreender como se processa cada uma dessas resoluções. Não é com xingamentos, com insultos, com ofensas, com injúrias que se resolvem as coisas. A reclamação precisa ser real, procedente e bem explicada. Só assim os problemas serão resolvidos da forma que devem ser. E algumas levam tempo para serem resolvidas, por isso a necessidade de se compreender o processo.

Não é porque moramos numa cidade pequena, como Ivatuba e muitas outras, onde todos somos conhecidos, que vamos nos deixar ser mal tratados - e vice-versa - e não cobrar da administração o que é direito de todos. Os políticos, servidores públicos e prestadores de serviços contratados precisam entender que são "pessoas públicas" e o povo, como “pagador” dos serviços públicos tem o direito de reclamar e denunciar sim. Mas educação e respeito - de ambos os lados - faz parte do processo também.

O que se espera é que a administração seja transparente e atue preventivamente, não para evitar todos os problemas - porque eles sempre existirão - mas para proporcionar à população serviços compatíveis com as suas necessidades.

E isso vale para todas as instâncias do Estado: municipal, estadual e federal.  Os contribuintes têm o direito de exigir eficiência e seriedade dos seus representantes. E, muito mais, de cobrar responsabilidades quando o poder público falha. 

Se todos os cidadãos se utilizassem desse direito de cobrar, a situação do país seria muito melhor. Eu cobro. E sou julgada por isso. Mas não me importo com esse julgamento, porque sei que estou fazendo a minha parte pela comunidade onde vivo, embora, como disse um amigo, às vezes, eu me sinta remando contra a maré...e sozinha!





(Adaptação de Compartilhar e Aprender)

Nenhum comentário:

Postar um comentário