A demissão de um professor de história do
colégio particular La Salle Pão dos Pobres, em Porto Alegre (RS), ocorrida no
dia 17 de maio, provocou protesto dos alunos contra a direção e trouxe à tona
dúvidas sobre até que ponto a doutrina religiosa de escolas confessionais
(ligadas a uma crença religiosa) pode influenciar o currículo e a rotina da
comunidade escolar.
Conforme informações divulgadas em nota
pela assessoria de comunicação da rede La Salle Porto Alegre, o professor
Giovanni Biazzetto foi demitido devido a “uma questão técnico-pedagógica”. Para
o professor, houve uma perseguição religiosa por parte de um novo diretor que
exigia que ele abordasse conteúdos de cunho religioso, tarefa que recusava por
não ter a mesma crença do diretor.
Ao lado do professor, estão dezenas de alunos
e seus pais que protestaram em frente à escola contra a demissão. De acordo com
uma mãe que não quis se identificar, o grupo teria recebido ameaças por parte
da escola de perder bolsas, por isso, os pais dos alunos envolvidos denunciaram
a escola no Conselho Tutelar, que está apurando o caso. Atualmente, o La Salle
Pão dos Pobres conta com cerca de 430 alunos, sendo que 70% deles possui bolsa
integral e 25% bolsa parcial. Uma professora de filosofia do colégio também
pediu demissão depois do ocorrido com o colega.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Base
da Educação Nacional (LDB) do Ministério da Educação (MEC), as escolas possuem
autonomia quanto à metodologia de ensino adotada, mas devem contemplar
conteúdos obrigatórios. A educação religiosa, conforme o artigo 33 da LDB, é
facultativa. No caso da escola oferecer a disciplina, seja ela privada ou
pública, deve ser assegurado o respeito à diversidade e fica vedada qualquer
forma de proselitismo religioso, ou seja, nenhuma doutrina pode ser imposta aos
alunos.
A diferença para as escolas privadas
confessionais é, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado no
Estado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), que elas têm autonomia para dar mais
ênfase à sua religião no projeto pedagógico.
Acredito que a escola pode sim ter
autonomia, uma vez que é uma escola confessional. Entretanto, o Estado é laico
e tem leis e regras a serem seguidas, além do que o respeito à diversidade deve
ser assegurado. Especialmente em escolas públicas – ou aquelas particulares que
recebem subsídios dos governos (e quase todas recebem). Se houver o ensino
religioso, que sejam abordadas e respeitadas TODAS as religiões e suas diferenças.
Principalmente em se tratando de crianças
que não vão entender porque a religião delas não está sendo tratada - ou tendo
tanta importância - como a outra e, muitas vezes, são obrigadas a aceitar as
religiões ou ensinamentos que nada têm a ver com suas crenças.
É preciso lembrar que as várias religiões
fazem parte da sociedade, ou a sociedade faz parte de diversas religiões, e
isso tem que ser respeitado, sem enfatizar uma religião em detrimento
de outra.
Sabemos que o Brasil é, em sua maioria, um
país cristão. E, justamente por isso, tem que respeitar TODAS as crenças. Até mesmo a
absoluta falta de crença!
Pois, ao ser cristão, o Brasil deve
seguir a máxima que Jesus deixou: “Amar ao próximo como a si mesmo”. E amar é
aceitar e respeitar as pessoas como elas são, com todas as suas diferenças!
Fonte:
Eu penso que a escola está certa caso ela exponha seu gabarito antes dos alunos se matricular pois se o aluno entra em uma escola em que sabe que ela dará ensino religioso e essa escola tem uma religião predominante o aluno ou os pais ja sabiam que poderia acontecer então caso você não queira estudar religião matricule-se em uma escola laica. Não penso que tudo tem que ser flexível apenas nao podemos coprar algo sem saber o que estamos comprando
ResponderExcluir