domingo, 19 de maio de 2013

EXPOINGÁ: TUDO COMO DANTES NO QUARTEL D'ABRANTES!

 
Lu Oliveira escreveu um excelente texto sobre a Expoingá que retrata exatamente o que muitos de nós pensamos. Confira.

"Ir à Expoingá é viver um momento "dejà vu" (ou "dejavu"??? o oráculo do Google não soube me precisar como se escreve).

A sensação "já vi isso tudo" é impactante. Já vi, já ouvi, já senti (nesse último caso, o cheiro de bacon e estrume de boi).

Mas tudo bem. Valeu pela alegria do meu caçula, que ainda vê nas duas voltinhas do Minhocão um momento mágico.

E, como já previra, um show de botas de faroeste combinadas com shorts minúsculos, daqueles próprios para se usar na orla de Camboriú. Tudo bem também. Mas preciso dizer que ver meninas de 12, 13 anos se vestindo como mulheres de 25 - e maquiadas como o palhaço Carequinha - é um pouco incômodo pra mim.

Só fiquei chateada porque não vi o ônibus da Viação Garcia e o stand da Polícia Militar e isso fez com que eu perdesse a aposta que fiz com meu marido. Ou será que nos perdemos em meio às jaquetas de couro e aos guardanapos e não vimos direito?

Falando no maridão, meu primogênito e ele me dão nos nervos de tanto que querem ver carros e motos. Puxa... precisam olhar um a um e ainda por cima me chamam para contemplar também. Eu os acho bonitos. E só. Se ainda fossem sapatos...

No parque de diversões, às vezes me sinto em filme americano de sessão da tarde, principalmente quando vejo o carrossel e aquelas barraquinhas em que as pessoas têm que acertar alguma coisa pra ganhar algum prêmio. Geralmente ninguém acerta nada, mas tudo bem também.

Quando meus homens foram ver os porcos, preferi me sentar e esperá-los. Coloquei meu sapato mais confortável e com menos centímetros de salto, mas, depois de 3 horas de caminhada, meus pés clamavam por um stand de massagem. Eu nem acho que os porcos sejam criaturas feias, pelo contrário. São até simpáticos. Mas prefiro vê-los assados, de preferência com um limãozinho.

Também rolou um momento inveja no meu passeio. Desde minha tenra infância, sonho com uma balão de gás, daqueles que têm formas e cores diferentes. Meu pai nunca pôde comprar e, como meu marido nunca me ofereceu, sempre tive vergonha de pedir. Quase roubei de uma criança que estava na fila, perto de mim, mas achei que esse tipo de escândalo não agregaria à minha carreira literária.

Por fim, mas não menos importante, o momento da saída. Quase abordei um policial e lhe avisei de que, na entrada, ninguém havia me revistado, talvez porque eu não tenha cara de bandida. Se tivesse levado um 38 na minha Victor Hugo do Paraguai, teria entrado tranquilamente.

Foi isso. Um passeio absurdamente previsível, mas, na companhia de quem amamos, sempre vale a pena.

P.S.: não vi maçã do amor ... ufa..."

(Lu Oliveira).

Como eu disse no Facebook: 

É por isso tudo que eu não vou mais à Expoingá. Não tem novidade alguma...é sempre a mesma coisa. E, de rotinas, já basta o dia-a-dia! Texto perfeito. Fala sobre tudo que nós pensamos a respeito. Gostei.

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