sábado, 15 de dezembro de 2012

Radiação solar atinge nível crítico no Noroeste do PR

 Quanto maior índice de radiação, maior risco de danos e problemas cutâneos, segundo o Inpe (Reprodução/ Inpe)
No mês de dezembro deste ano, a incidência média de raios ultravioletas na região Noroeste, e em todo o estado do Paraná, foi classificada com o índice 14, considerado de radiação extrema em uma escala que varia de 1 a 16. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, esse índice aponta o nível de radiação solar presente na superfície da Terra. Quanto maior a taxa de radiação, maior o risco de danos e doenças cutâneas, como o câncer de pele.
A pesquisadora do Inpe Simone Sidevert explica que o índice é o mais alto já registrado no Paraná desde 2005, quando o Instituto iniciou o monitoramento da radiação ultravioleta por meio de satélites. A alta da incidência dos raios é percebida, também, nos consultórios médicos. A dermatologista Fabiola Tasca afirma que casos de manchas e queimaduras causadas pelo sol aumentaram recentemente. “Atendo há uma década e este ano o número de pacientes com problemas relacionados à exposição ao sol aumentou significativamente.”

Segundo a médica, a falta de conscientização sobre a proteção diária é a principal causa de doenças. “As pessoas ainda acham que o uso do protetor só é necessário na praia ou na piscina. O que não é verdade.” Fabiola defende que o filtro solar deve ser incorporado aos hábitos de cuidados diários. “É a mesma coisa que escovar os dentes. Precisa fazer de manhã, no meio do dia e à noite. Assim como a escovação, a proteção solar deve ser refeita sempre que necessário.”

A displicência em relação aos cuidados aumenta o número de casos de câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil, que corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no país. São quase 125 mil casos por ano. A situação é mais grave no interior onde o número de casos é 40% maior do que o registrado em cidades litorâneas, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Isso acontece porque as pessoas acham que não se expõem ao sol no dia-a-dia. Elas esquecem que andam na rua, dirigem carros e que os raios ultravioletas atravessam até as janelas de vidros”, esclarece a dermatologista.

É por isso que a ANVISA já modificou algumas regras sobre a proteção solar, como já noticiamos: AQUI.
Proteção é melhor combate à radiação ultravioleta
A dermatologista Fabiola Tasca explica que para uma proteção eficaz é preciso aplicar, pelo menos três vezes ao dia, porções generosas de filtro solar. “O ideal é aplicar uma colher rasa de chá na região das mãos e rosto. Nas áreas maiores, como braços e pernas, essa porção aumenta para duas a três colheres de chá por região.”

Além do uso contínuo do filtro solar, pessoas que se expõem ao sol com maior freqüência precisam aderir ao uso de chapéu, camisas longas e óculos de sol. “Não pode brincar de se proteger. É um cuidado que precisa ser feito todo dia, sem exceção.”

A médica afirma que há opções de protetores eficientes que variam de R$ 15 a R$ 200 nas farmácias de todo o Brasil. Além disso, existem opções das mais variáveis texturas que vão do mousse, gel e creme ao pó. “Com tantas opções não tem como uma pessoa não se adaptar a um tipo de protetor. Não tem desculpa.” Na hora de escolher o filtro, a médica ensina que é preciso conferir se há especificação sobre proteção contra raios UVA na embalagem, principal responsável pelo câncer de pele, com fator mínimo 30.


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