Estudo francês
destaca a propensão ao câncer em ratos alimentados com o produto
A Rússia suspendeu
hoje a importação de milho transgênico da multinacional americana Monsanto
após a publicação de um estudo francês que destaca a propensão ao câncer em
ratos alimentados com o produto.
A agência de proteção do
consumidor, Rospotrebnadzor, informou em seu site que pediu a
um instituto russo a interpretação dos dados do estudo e que até receber mais
informações sobre o caso, a importação e comercialização do milho geneticamente
modificado NK603 está suspensa.
Na França, o primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault anunciou nesta
quinta-feira (20/09) que se o perigo dos Organismos Geneticamente
Modificados (OGM) for comprovado, a França defenderá em nível europeu
sua interdição, após a publicação de um estudo alarmante a esse
respeito.
“A publicação de um estudo
realizado por cientistas franceses questionando seriamente a segurança em longo
prazo do milho transgênico NK 603 provocou um encaminhamento imediato da
Agência de Segurança Sanitária e da Autoridade de Segurança Alimentar
Europeia”, declarou o chefe de governo francês em um discurso em Dijon.
“Eu pedi um inquérito rápido, na
ordem de algumas semanas, que permita verificar a validade científica desse
estudo”, acrescentou. “Se os resultados forem conclusivos, [o ministro francês
da Agricultura] Stéphane Le Foll defenderá a proibição dos OGM em nível
europeu”, disse ele.
Na pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um
prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho
OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais
utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com
Roundup. Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade
do grupo americano Monsanto.
"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e maior
durante o consumo dos dois produtos", afirmou Seralini, cientista que
integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos
em 30 países. Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes de
surgirem nos ratos indicadores (na pele e nos rins). No caso das fêmeas
(tumores nas glândulas mamárias), aparecem, em média, 94 dias antes
naquelas alimentadas com transgênicos. Os pesquisadores descobriram que
93% dos tumores das fêmeas são mamários, enquanto que a maioria dos
machos morreu por problemas hepáticos ou renais. O artigo da "Food and
Chemical Toxicology" mostra imagens de ratos com tumores maiores do que
bolas de pingue-pongue.
Paris e Bruxelas alertaram na quarta-feira
suas respectivas autoridades de saúde, após a publicação desse estudo chocante,
mostrando tumores do tamanho de bolas de pingue-pongue em ratos alimentados com
milho transgênico da Monsanto importado para a Europa (foto acima).
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário