Acontece especialmente em cidades
pequenas. “Em cidade pequena tudo pertence aos políticos”.
Normalmente, as pesquisas
eleitorais procuram se aproximar ao máximo do que pretendem os eleitores, mas
muitas vezes os institutos de pesquisa se vêem pressionados por candidatos que
pretendem interferir na confecção dos levantamentos, visando influenciar no
rumo da própria campanha, com objetivo de ganhar “alianças” e adesões
partidárias. Isso é contado pelos
próprios institutos tarimbados na lide com candidatos a prefeitos. Uma
realidade que, segundo eles, deve se repetir este ano com as eleições marcadas
para outubro.
Estes institutos se queixam dos
comportamentos dos clientes, seus candidatos.
De acordo com empresas
consultadas, os políticos reclamam de tudo: do preço, da amostragem, da forma
de coleta dos dados e dos resultados – principalmente quando estão em baixa. A
maioria dos candidatos ameaça suspender o pagamento quando o resultado não é
favorável a eles, pois o índice de aceitação ou rejeição pode abalar a
autoconfiança de um candidato e interferir nas negociações partidárias. Nesses
casos, são capazes de tentar deixar de lado a credibilidade e sugerir
alterações na metodologia, como manipulação.
Algumas manipulações são feitas para modificar a
própria pesquisa. Há candidatos que recomendam enviar os pesquisadores aos
locais sabidamente favoráveis a ele. Há candidatos que, ao receber a pesquisa e
saber que foram rejeitados em algum local, são capazes de ir à casa dos
eleitores e fazer ameaças, como cortar o Bolsa Familia, ou Vale Gás, etc...
E. ainda, existem candidatos, que excluem alguns
pré-candidatos de suas enquetes, ou colocam nomes confusos, alterados, não
identificáveis, tudo para manipular a cabeça do povo para pensarem que os
excluídos não são mais candidatos ao pleito.
“Outro tipo de possibilidade de manipulação em
cidades menores, onde todo mundo conhece a tendência política do outro, é a
influência dos entrevistadores sobre os entrevistados durante o questionário. É
proibido a um entrevistador usar símbolos como camiseta, ou broche de um
partido ou candidato. Uma medida perseguida pelos institutos é levar os
entrevistadores da sede da empresa até a cidade em que a pesquisa será
realizada.”
Outra manipulação é juntar vários entrevistados –
colocados pelo candidato interessado – perto dos locais de pesquisa, quando o
entrevistador faz as entrevistas em aglomerações nas ruas.
A divulgação de pesquisas também é outra forma de manipulação velada, uma vez que a Justiça Eleitoral exige registro da mesma. Então, se o candidato não registrou, a pesquisa pode ter sido manipulada para ser favorável a ele.
A divulgação de pesquisas também é outra forma de manipulação velada, uma vez que a Justiça Eleitoral exige registro da mesma. Então, se o candidato não registrou, a pesquisa pode ter sido manipulada para ser favorável a ele.
“Sílvio França comenta sobre a realização de
pesquisas durante o processo eleitoral afirmando que mais do que um instrumento
técnico, estas são utilizadas em larga escala para tentar manipular o eleitor.
Sílvio França explica que existem muitos institutos que vendem resultados de
pesquisa que não refletem a realidade do cenário e que os braços da corrupção
se estendem para vários setores. O radialista afirma que o eleitor não deve
votar no candidato que aparece melhor nas pesquisas e sim naquele que tem as
melhores propostas.”
Acredito que o mais honesto e sensato, seria
analisar os resultados da pesquisa e produzir uma estratégia de atração do eleitor.
É sempre bom ficar atento para não ser enganado!
OLHO VIVO, ELEITOR!
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