terça-feira, 26 de junho de 2012

PESQUISA ELEITORAL: ACREDITE SE QUISER!

Algumas empresas de pesquisa eleitoral enfrentam pressão por resultados eleitorais favoráveis. 
Acontece especialmente em cidades pequenas. “Em cidade pequena tudo pertence aos políticos”. 

Normalmente, as pesquisas eleitorais procuram se aproximar ao máximo do que pretendem os eleitores, mas muitas vezes os institutos de pesquisa se vêem pressionados por candidatos que pretendem interferir na confecção dos levantamentos, visando influenciar no rumo da própria campanha, com objetivo de ganhar “alianças” e adesões partidárias.  Isso é contado pelos próprios institutos tarimbados na lide com candidatos a prefeitos. Uma realidade que, segundo eles, deve se repetir este ano com as eleições marcadas para outubro.

Estes institutos se queixam dos comportamentos dos clientes, seus candidatos. 

De acordo com empresas consultadas, os políticos reclamam de tudo: do preço, da amostragem, da forma de coleta dos dados e dos resultados – principalmente quando estão em baixa. A maioria dos candidatos ameaça suspender o pagamento quando o resultado não é favorável a eles, pois o índice de aceitação ou rejeição pode abalar a autoconfiança de um candidato e interferir nas negociações partidárias. Nesses casos, são capazes de tentar deixar de lado a credibilidade e sugerir alterações na metodologia, como manipulação.

Algumas manipulações são feitas para modificar a própria pesquisa. Há candidatos que recomendam enviar os pesquisadores aos locais sabidamente favoráveis a ele. Há candidatos que, ao receber a pesquisa e saber que foram rejeitados em algum local, são capazes de ir à casa dos eleitores e fazer ameaças, como cortar o Bolsa Familia, ou Vale Gás, etc...

E. ainda, existem candidatos, que excluem alguns pré-candidatos de suas enquetes, ou colocam nomes confusos, alterados, não identificáveis, tudo para manipular a cabeça do povo para pensarem que os excluídos não são mais candidatos ao pleito. 


“Outro tipo de possibilidade de manipulação em cidades menores, onde todo mundo conhece a tendência política do outro, é a influência dos entrevistadores sobre os entrevistados durante o questionário. É proibido a um entrevistador usar símbolos como camiseta, ou broche de um partido ou candidato. Uma medida perseguida pelos institutos é levar os entrevistadores da sede da empresa até a cidade em que a pesquisa será realizada.”

Outra manipulação é juntar vários entrevistados – colocados pelo candidato interessado – perto dos locais de pesquisa, quando o entrevistador faz as entrevistas em aglomerações nas ruas.

A divulgação de pesquisas também é outra forma de manipulação velada, uma vez que a Justiça Eleitoral exige registro da mesma. Então, se o candidato não registrou, a pesquisa pode ter sido manipulada para ser favorável a ele.

“Sílvio França comenta sobre a realização de pesquisas durante o processo eleitoral afirmando que mais do que um instrumento técnico, estas são utilizadas em larga escala para tentar manipular o eleitor. Sílvio França explica que existem muitos institutos que vendem resultados de pesquisa que não refletem a realidade do cenário e que os braços da corrupção se estendem para vários setores. O radialista afirma que o eleitor não deve votar no candidato que aparece melhor nas pesquisas e sim naquele que tem as melhores propostas.”

Acredito que o mais honesto e sensato, seria analisar os resultados da pesquisa e produzir uma estratégia de atração do eleitor.

É sempre bom ficar atento para não ser enganado!

OLHO VIVO, ELEITOR!




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