O Fantástico, da Rede Globo, apresentou ontem à noite uma reportagem sobre as fraudes em concursos públicos no Brasil, inclusive no Paraná.
“Dez
milhões de brasileiros participam de concursos públicos a cada ano. E uma
quantidade incalculável deles está sendo passada pra trás".
Veja
o que o Fantástico apurou:em todos os 26 estados do Brasil e no Distrito
Federal, os ministérios públicos investigam algum tipo de fraude em concursos
públicos.
É
maracutaia em todo o país! Só na Bahia, por exemplo, foram 36 casos de
irregularidades em concursos. Em Mato Grosso do Sul, as questões de um concurso
foram copiadas de uma prova feita antes no Pará. E, no Maranhão, um analfabeto
foi aprovado graças ao esquema montado por um secretário municipal, parente
dele.
"Veja
o que o ex-dono de uma empresa que fraudava concursos conta. Ele diz que agora
se afastou dessa atividade:
Repórter:
Qual era o perfil dos candidatos beneficiados aprovados fraudulentamente?
Dono
da empresa: Unicamente apadrinhados políticos da administração municipal."
A
maior parte das fraudes acontece nos concursos municipais. Prefeitos e
vereadores contratam uma empresa para organizar a prova e indicam os candidatos
que eles querem ver aprovados.
É a oficialização do cabide de
empregos. “O perfil que nós identificamos é sempre de alguma forma ligado ao
administrador. Ou por laços de parentesco, ou por afinidade partidária,
político-partidária, ou até mesmo quem já presta serviços ao Executivo”,
explica o promotor de Justiça Mauro Rockembach.
“Isso aí você deixa comigo que eu
sou especialista. A gente faz o concurso com tudo normal, bonitinho. A pessoa
faz a prova e não comenta com ninguém. Depois, nós trocamos o gabarito”,
explica José Roberto Cestari.
(José Roberto Cestari, dono da Cescar, de Maringá)
Foi isso que a fiscal do início
dessa reportagem descobriu ao rever os cartões de respostas que, no dia da
prova, tinham sido entregues quase em branco. “Quando os cartões-resposta
vieram estavam todos preenchidos”
[...] Ele ensina ao suposto
assessor uma forma de não chamar atenção para a fraude: adiar a convocação dos
apadrinhados: “Se você tem dez vagas, você passa o cara lá em oitavo, nono lugar.
Chama dois esse mês, depois chama mais dois.
(José Roberto Cestari, dono da Cescar, de Maringá)
Porque os mais visados são o
primeiro e segundo lugar”.
(José Roberto Cestari, dono da Cescar, de Maringá)
[...] “É muito injusto que,
enquanto alguns estudam, correm atrás, gastam seus recursos financeiros, seu
tempo, sacrificam família para passar em um concurso público, e outra pessoa
vai e compra esse espaço”.
“Eu achei que foi cachorrada.
Muita gente deixou de fazer muita coisa, se deslocou de longe, foram feitas de
palhaço, foi um teatro”, reclama o candidato honesto.
Um verdadeiro absurdo!
É preciso ficar de olhos bem abertos! E, se tiver alguma dúvida, procurar as autoridades competentes para que investiguem o concurso!
É preciso ficar de olhos bem abertos! E, se tiver alguma dúvida, procurar as autoridades competentes para que investiguem o concurso!
Assista a reportagem completa em:
Blog do Rigon:
Não é a primeira vez que Cestari aparece na mídia. Em 2009, conforme este blog registrou, uma prova aplicada no Rio Grande do Sul foi objeto de suspeita. Em 2008, o blog também publicou sobre investigação do Ministério Público sobre o mesmo tema na região, lembrando que o prefeito de Santa Fé, Fernando Brambilla, ex-presidente da Amusep, teve os bens indisponibilizados por causa de suspeita em concurso, no qual sua mãe foi aprovada servidora municipal.
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